Criança esquecida no autocarro: como pode tal acontecer?
Ainda que a escola em causa tenha um sistema de gestão da qualidade; ainda que tenha usado uma metodologia como o AMFE (Análise Modal de Falhas e seus Efeitos) a título de acções preventivas, a verdade é que o risco foi mal avaliado, dado o acontecimento surpreendente (note-se que «esquecer crianças» não é assim tão invulgar).
Quando avaliamos o efeito de «não contar convenientemente as crianças que saem do autocarro», e quando analisamos a sua severidade, até é provável que a consideremos elevada, mas quando vamos a quantificar a «detecção» não cremos que «ninguém» a deixe de ver perdida e quando pensamos no número de ocorrências («isto nunca aconteceu») então definitivamente não vamos valorizar ao ponto do risco calculado merecer alguma medida especial.
Para que escrevemos estas palavras?
Para que na próxima vez que esteja a identificar «acções preventivas» ou a avaliar riscos considere esta uma lição aprendida sobre a «probabilidade de ocorrer».
Agora a questão é: o que vai ser feito? Será que a Acção correctiva a implementar se comprovará como eficaz? Tomara que sim, para bem de todas as crianças esquecidas no autocarro da escolinha...